Terça-feira, 20 de Março de 2007

Entrevista: Thiago Lacerda!

Depois de viver o primeiro vilão da sua vida na novela América, Thiago Lacerda está de volta à telinha na pele do entusiasmado Jorge, o único filho solteiro de Tide e talvez o mais disputado. Não deixa de ser um papel inédito na sua carreira e um presente para o actor, que sempre quis actuar com um texto de Manoel Carlos. Aliás, aqui nessa entrevista, ele faz um bem humorado quadro de como está sendo participar de Páginas da Vida. Conta como recebeu o convite para a novela, fala das polêmicas e sobre o jeito Manequiano de escrever.

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Como é para você estar numa novela de Manoel Carlos?
Queria muito trabalhar com o Manoel, muito, muito, muito! Gosto muito das novelas dele. E já era uma vontade minha antiga fazer uma novela contemporânea, urbana. Acho que Manoel Carlos escreve como ninguém. Ele tem um domínio sobre essa maneira de escrever novela que eu gosto muito. Eu estava na iminência de mandar um e-mail para ele, dar um alô do tipo: – “pô, Manoel...”. Era só para dizer que eu gostava dele e do trabalho que ele fazia. Mas acabou que ele me ligou antes. Disse que gostaria de trabalhar comigo, que queria escrever um personagem para mim... Fiquei extremante feliz. Foi uma coincidência muito positiva. Estava ainda fazendo América e ele já havia começado a pensar no elenco de Páginas da Vida. Disse que estava engajado em América, mas que quando terminasse seria um grande prazer trabalhar com ele. E tem sido, assim…

Gosta do jeito Manequiano de escrever? Já se acostumou?
É um jeito de fazer novela que eu nunca havia feito ainda. O Manoel tem esse ritmo dele, que o actor precisa entender. Não tem muito como ir de encontro a esse tempo. Os capítulos são entregues muito em cima. E isso cria um ritmo muito curioso. O bom dessa história – e que considero uma das características dele –, é que Manoel Carlos é muito objetivo, muito claro nas coisas que ele escreve. Os personagens, eles existem de uma maneira muito clara. E ele coloca absolutamente tudo no texto – tudo muito humano. O actor tem que lidar com o texto de bate-pronto. É pegar e fazer aquilo que está escrito porque é o que ele realmente pensa para o personagem. Em relação ao trabalho, estou cem por cento à disposição! Eu sou à disposição cem por cento nos trabalhos que faço. Sempre foi assim. É claro que chega uma hora que você precisa programar sua vida, fazer suas coisa, compromissos etc. Mas para essa novela, você tem de estar consciente de que pode ser chamado a qualquer hora para trabalhar. Acho que, de um modo geral, o elenco está superconsciente. 

Retratar a vida como ela é, provoca muita polêmica?
Acho que sim. A vida é polêmica, a vida é contraditória, as pessoas são contraditórias. A vida é polêmica por si só e ele retrata a vida, conta a história da vida das pessoas nua e crua. Acho que certamente teremos assuntos polêmicos sim, mas acho que isso é bom. É bom e novela tem essa função também. Acho que tem a função de entreter, a função de levar conhecimento, a função de divertir, e também a função da gente se enxergar naquilo ali. E o caso do Manoel é esse. Além de entreter, ele mostra para as pessoas o que elas realmente são.

Como você está vendo a parceria entre Jayme Monjardim e Manoel Carlos?
Acho que são dois talentos – e quando lidamos com talentos, não tem errada. O Jayme tem uma linguagem estética primorosa, extremamente sensível e o Maneco vai no âmago do ser humano e acho que nisso eles se encontram. Eles se encontram ali, naquele íntimo humano. O Jayme com a imagem e o Maneco com a intimidade. Acho que isso dá samba.

Como você vê a abordagem de temas como a síndrome de Down, por exemplo?
Meu contato com a síndrome de Down é muito pequeno. Confesso que desconheço a síndrome e tudo que cerca o portador. Mas acho que, justamente por isso, é genial que se tenha na televisão uma novela que aborde o tema. Para as pessoas como eu, que não conhecem a fundo o assunto, é uma superoportunidade de perceber algumas coisas. Acho interessante, educativo, saudável... É fundamental! A novela tem uma função social muito grande e mostra quem nós somos, e de que forma nos portamos. Novela no Brasil é isso: ela tem essa função social. Muita gente fala que novela não é arte. Acho que a questão não é bem essa. Não é uma questão de ser arte ou não. É questão de ser importante ou não. Acho que novela é fundamental. Faz parte da nossa cultura e a gente pode usar esse instrumento dessa maneira, para fazer as pessoas descobrirem coisas, repensarem coisas.

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fonte: Globo

publicado por . às 11:47
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